Todos os dias, nós humanos, estamos sujeitos a estar no meio de uma multidão, quer seja nos meios de transporte público, lojas, um simples passeio na rua ou eventos de diferente índole como desporto ou festivais de música. Estarmos sujeitos a este tipo de acontecimentos, diariamente, resulta em experiências positivas e negativas, sendo um dos objetivos deste artigo apresentar e estudar essas experiências assim como a forma de optimizar e controlar o fenómeno das multidões.
Créditos: Nélson D'Aires (Paredes de Coura'16)
Para chegar a este objetivo foram formados cinco grupos com 35 participantes e com idades compreendidas entre os 21 e 71 anos, sendo analisadas 55 situações de multidões (entre as quais 9 eram em festivais de música, 6 em eventos desportivos e 8 em transportes públicos). Para avaliar cada experiência, os grupos basearam-se em cinco pontos, sendo esses: a) design da multidão (Layout e formação de filas e zonas de passagem); b) movimento da multidão (fluxo de peões); c) comunicação e informação (sinalização, orientação); d) conforto e bem-estar (prestadores de serviços e ambiente) e finalmente e) a ordem pública.
Uma das conclusões deste estudo é que os eventos ou locais estão a grande maioria das vezes pouco preparados para receber multidões, fazendo com que a experiência do utilizador fosse negativa, não existindo preparação de quem organização e formação ou comunicação para quem se organiza e de quem executa tarefas de proteção.
Palavras-Chave: festivais de música, multidões, experiência, satisfação
Filingeri V. & Eason K. & Waterson P. & Haslam R. (2016). Factors influencing experience in crowds e The participant perspective. Applied Ergonomics 59 (2017), pp 431-441.
*Artigo original disponível aos associados (todas as modalidades)
